Rindo à toa: R$ 3,5 mil: gratificação de monitor militar equivale a três salários de agente educacional, entenda.
Nesta quarta-feira (22), o governador Ratinho Jr. enviou à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei que cria nova gratificação para policiais aposentados(as) lotados em colégios cívico-militares do Paraná.
Se a Lei for aprovada, o cargo de “monitor militar” engordará o contracheque dos inativos(as) em R$ 3,5 mil, para além dos proventos de aposentadoria. Um agente educacional – civil que exerce a mesma função – ganha em média R$ 1,7 mil de salário, sem gratificação.
Mas, com a terceirização dos quadros de funcionários(as), a maioria recebe salários que não passam de R$ 1 mil, ficando abaixo do piso regional. Enquanto isso, diretores(as) de escolas públicas tradicionais recebem uma gratificação de cerca de R$ 600.
Para fins comparativos, subtenentes inativos(as) da Polícia Militar ganham de R$ 7,5 mil a R$ 11 mil só de aposentadoria. Subtenente é o cargo do reservista detido, em agosto, por assediar sexualmente alunas do colégio cívico-militar onde atuava, em Francisco beltrão.
Para a APP-Sindicato, a proposta do governo escancara o desrespeito com os profissionais da educação, desde sempre parte indissociável do projeto de militarização das escolas.
Reforça, também, o caráter exclusivista do modelo, que recebe investimentos pesados para atender alunos(as) selecionados e garantir notas maiores no Ideb e, assim, justificar a continuidade da política, marcada pela cultura do medo e o desprezo à gestão democrática.
Reiteramos: escola não é quartel. É para quem tem formação para educar, não para reprimir.
Se a Lei for aprovada, o cargo de “monitor militar” engordará o contracheque dos inativos(as) em R$ 3,5 mil, para além dos proventos de aposentadoria. Um agente educacional – civil que exerce a mesma função – ganha em média R$ 1,7 mil de salário, sem gratificação.
Mas, com a terceirização dos quadros de funcionários(as), a maioria recebe salários que não passam de R$ 1 mil, ficando abaixo do piso regional. Enquanto isso, diretores(as) de escolas públicas tradicionais recebem uma gratificação de cerca de R$ 600.
Para fins comparativos, subtenentes inativos(as) da Polícia Militar ganham de R$ 7,5 mil a R$ 11 mil só de aposentadoria. Subtenente é o cargo do reservista detido, em agosto, por assediar sexualmente alunas do colégio cívico-militar onde atuava, em Francisco beltrão.
Para a APP-Sindicato, a proposta do governo escancara o desrespeito com os profissionais da educação, desde sempre parte indissociável do projeto de militarização das escolas.
Reforça, também, o caráter exclusivista do modelo, que recebe investimentos pesados para atender alunos(as) selecionados e garantir notas maiores no Ideb e, assim, justificar a continuidade da política, marcada pela cultura do medo e o desprezo à gestão democrática.
Reiteramos: escola não é quartel. É para quem tem formação para educar, não para reprimir.